Sejam bem vindos!



terça-feira, 19 de julho de 2011

DOAÇÃO DE MEDICAMENTOS PARA FIV/ICSI - Preciso de ajuda para realizar meu sonho de ter um filho.

Como já contei em meu blog talvez  tenha lido minha história e é ainda com muita dor que afirmo que ainda não pude relatar um final feliz.
Após 08 tentativas e 08 frustações encontro-me neste momento sem nenhum recurso para continuar meu tratamento uma vez que o procedimento é muito caro, tanto a clinica como as medicações, exames etc. Tenho endometriose profunda, miomas,  fiz a cirurgia, incompatibilidade sanguina onde precisei tomar a cada 06 meses a vacina ILP, menopausa precoce onde dificulta muito a produção de óvulos .
No meu caso, preciso fazer induções para banco de óvulos, no mínimo 3 induções.

Aproximadamente 54 ampolas de GONAL F 75 UI AMPOLA CX COM 1 FR/AMPOLO E SERINGA (LABORATÓRIO SERONO)
Aproximadamente 81 ampolas de MENOPUR 75 UI CX COM 1 AMPOLA (LABORATÓRIO FERRING) Lutropina alfa 75UI LUVERIS 75UI CX 1 AMPOLA (LABORATÓRIO SERONO)

Aproximadamente 3 caixas com FEMARA 2,5MG  ou  Letrozol cx com 30 comprimido (Laboratório Novartis)

01 - Frasco com Synarel

03 ampolas de OVIDERL 250mgcx 1 ampola pronta recombinante (LABORATÓRIO SERONO)

PROGESTERONAS:

ULTRAGESTAN 200mg (LABORATÓRIO PHARMOQUIMICA)  muitos
ESTRADOT 100 – (ESTRADIOL) com 8  adesivo muitos
3 caixas Cicladol com 5 comprimidos cada.
DUPHASTON muitos
PRYMOGINA 2MG muitos
ASPIRINA PREVENT muitos

Entre em contato taneacd@hotmail.com ou 11-7173-5647

Preciso de qualquer quantidade de medicação, se necessário eu retiro ou enviar pelos correios eu pago a postagem, solicitar endereço no meu e-mail taneacd@hotmail.com ou entra em contato pelo 11-79173-5647 .

Não posso passar por essa vida sem realizar meu grande sonho...Que Deus possa realizar os sonhos de que estão na mesma luta...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Mais uma consulta

Hoje 15/07/2011, fui ao médico para saber o que acontecerá nas prximas etapas do tratamento. Foi dagnosticado pela VIDEHISTERIOSCOPIA 2 miomas >1,0 então terei que fazer a cirurgia (MIOMECTOMIA), agora vamos lá para mais uma batalha.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

NÃO DESISTA DO AMOR - Pe.Fábio de Melo

Eu sei que é difícil esperar
Mas Deus tem um tempo pra agir e pra curar
Só é preciso confiar

Se a cruz lhe pesa
Não é pra se entregar, mas pra se aprender amar
Como alguém que não desiste

A dor faz parte do cultivo desta fé
E só quem sabe o que se quer, quem luta para conseguir ser feliz

Não desista do amor, não desista de amar
Não se entregue a dor porque ela um dia vai passar
Se a cruz lhe pesou e quer se entregar
Tal como Cirineu, Cristo vai lhe ajudar.

Cross-Match e Vacina de Linfócitos Paternos, por que é preciso?

Acredita-se que o sistema imune materno possua mecanismos para reconhecimento da carga genética diferente de um feto, e com isso, consiga protegê-lo contra a destruição. Haveria, assim, a produção dos chamados anticorpos bloqueadores que protegeriam o embrião recém-implantado no útero. Este tipo de resposta recebe o nome de aloimunidade. Quando não existe grande variabilidade genética entre o homem e a mulher, mesmo que eles não sejam parentes, tais anticorpos não são produzidos, deixando o embrião susceptível ao ataque do sistema imune. Portanto, se existe certo grau de semelhança entre o HLA materno e paterno, tais anticorpos bloqueadores não serão produzidos. Sendo assim, o embrião tem maior chance de ser destruído pelo sistema imune da mãe e o quadro clínico em tais casos poderá ser reconhecido como abortamento de repetição.
Vacina com linfócitos paternos (ILP)

É para tais casos que costumamos indicar um tratamento imunológico baseado na utilização de vacinas produzidas com linfócitos presentes no sangue do pai, que são injetados no organismo da mãe com o intuito de estimular, por uma via diferente, a produção de anticorpos contra o HLA paterno, que poderão, assim, ter o efeito protetor numa gravidez subseqüente. Esta é a teoria que justifica o tratamento de imunização com linfócitos paternos (ILP) para casos de abortamentos de repetição de causa aloimune.

Exame de Cross-Match

A avaliação da presença de tais anticorpos é feita com um exame denominado Cross-Match, que pesquisa a existência de anticorpos contra linfócitos paternos no sangue da mãe. Existem diferentes métodos para a detecção desses anticorpos no soro materno, tais como a microlinfocitotoxicidade e a Citometria de Fluxo Quantitativa, sendo somente o último indicado para a avaliação na área de reprodução, principalmente por ser mais sensível e apresentar menos variância entre resultados da mesma amostra. Os resultados dos exames de Cross-Match são usados para indicar o tratamento e para monitorizar a resposta materna à aplicação das vacinas (ILP).
Após mais de 4 anos de estatística e experiência com nossas pacientes, concluímos que 3 aplicações de ILP com intervalos médios de 3 semanas são suficientes para sensibilizar a grande maioria das pacientes, e em torno de 30% dos casos necessitam de mais uma dose de reforço. Uma vez imunizada, a paciente permanece por volta de 6 meses sem a necessidade de novo tratamento, possibilitando assim durante esse período engravidar espontaneamente ou por métodos de fertilização caso seja necessário. 

É importante lembrar que todo casal deve passar por prévia consulta com médico especializado antes de qualquer tipo de tratamento. Só o médico é capaz de julgar a necessidade de exames complementares coadjuvantes bem como qual terapêutica será necessária para cada casal.

Fonte: RDO Diagnósticos Médicos

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A Imunização com Linfócitos Paternos (ILP) está indicada nos casais que apresentam compatibilidade HLA e/ou não apresentam anticorpos anti-linfócitos do esposo (anticorpos bloqueadores), detectados através do resultado negativo de um exame conhecido como crossmatch ou prova cruzada com o sangue do parceiro.
O objetivo da terapia é tornar a prova cruzada positiva. A ILP consiste em imunizações intradérmicas preparada a partir de sangue do esposo e administrada, inicialmente, em 2 ocasiões com intervalo de 4 a 6 semanas. Após 1 mês da segunda imunização a paciente realiza um novo teste (prova cruzada – crossmatch) para detectar a presença de anticorpos bloqueadores.

Aproximadamente 85% das pacientes respondem ao tratamento inicial de forma plena, sendo liberada para engravidar. Os 15% restantes respondem parcialmente ou não respondem a terapia inicial, sendo indicada doses de reforço em intervalos menores, com o sangue do próprio esposo associado ou não com um doador. Após essa segunda seqüência um novo teste avalia a resposta, obtendo bons resultados na maioria dos casos.

A boa resposta a terapia depende de uma seleção adequada do casal que poderá se beneficiar com a terapia, uma avaliação do casal pré-tratamento e um controle rígido do protocolo de imunização.

As imunizações devem ser preparadas e administradas no menor intervalo possível e devem conter uma concentração mínima de 80 milhões de linfócitos. Recentemente, foi descrito uma baixa eficácia terapêutica nas imunizações que são preparadas e aplicadas de um dia para o outro.
Pacientes com teste pós-imunização positivo devem realizar imunizações de reforço a cada três meses, caso não engravide, para manter níveis elevados de anticorpos bloqueadores. Dados revelam que cerca de 80% das pacientes engravidam nos primeiros 12 meses pós-imunização, 60% nos primeiros 3 meses. No período gestacional é recomendada imunização mensal durante a primeira metade da gravidez, para manter os níveis de anticorpos bloqueadores elevados, fundamental para manutenção da gravidez.
O principal efeito da LIT é promover o aparecimento de anticorpos bloqueadores. Observa-se também, como efeito da LIT, uma diminuição da atividade das células NK e conversão da resposta Th1 em Th2. Elevação do número e atividade das células NK são indicadores de mau resultado gestacional, aborto recorrente e falhas de FIV/ET. Cerca de 80% dessas pacientes apresentam uma diminuição da atividade das células NK com a LIT.
Previamente a preparação da LIT é realizada no sangue do esposo e caso necessário do doador uma triagem rigorosa para doenças infecciosas. Pacientes com tipagem Rh negativa devem receber imunoglobulina anti-Rh após imunização.
Fonte: http://www.imunorepro.med.br/imunologia/imunizacao.html

terça-feira, 12 de julho de 2011

Porque a Fertilização In Vitro pode falhar?

                                             Dr. Arnaldo Schizzi Cambiaghi


Para muitos casais que passam por tratamentos contra infertilidade, a fertilização in vitro representa a última esperança de conseguir um filho. Muitos já passaram por outras tentativas, sem sucesso, de tratamentos de menor complexidade, como o Coito Programado e a Inseminação Artificial, e, por isso, é muito frustrante para eles, que depositaram todas as suas expectativas neste tratamento, ver que todos os esforços foram em vão. Tempo perdido, disciplina nos horários, injeções, ultrassom, dinheiro gasto, expectativa, ansiedade – a vida parou naquele período – e não deu certo! Uma pergunta comum após o teste negativo é: por que o embrião ou os embriões transferidos para o útero não implantaram? A resposta geralmente não é simples, mas algumas hipóteses devem ser avaliadas, pois podem ajudar a esclarecer problemas menos frequentes que ainda não foram pesquisados, mas ao serem diagnosticados podem ter aumentadas as chances de serem tratados no futuro.

As causas do insucesso podem ser problemas com os embriões, com o útero-endométrio, de endometriose e problemas imunológicos.

Embriões
Um problema comum são as eventuais alterações cromossômicas do embrião, que impedem a implantação, principalmente em mulheres com mais de 40 anos, mesmo quando eles têm um aspecto próximo à perfeição no dia da transferência. Isso não significa que esse será um problema repetitivo em todos os tratamentos, mas a possibilidade deve ser considerada para se compreender que pode ter havido uma seleção natural do organismo materno, que impediu a implantação do embrião não saudável. Quando houver essa suspeita, o casal poderá realizar o exame do cariótipo, que identifica anormalidades cromossômicas que estão "dormentes" em cada um deles, isto é, são características recessivas que não aparecem em um indivíduo, mas que ao serem transmitidas ao embrião poderão tornar-se evidentes e causar doenças que impossibilitam o desenvolvimento do bebê. As alterações mais frequentes são as inversões e translocações cromossômicas balanceadas. O cariótipo é um exame de sangue simples e, nesses casos, deve ser feito tanto pela mulher como pelo homem. É importante esclarecer que homens que têm uma baixa contagem de espermatozoides possuem chances maiores de apresentar anormalidades cromossômicas.

Uma  outra alternativa, nesses casos e em outros, com mulheres com mais idade, que têm maior chance de ter bebês com malformação cromossômica, é a biópsia embrionária para a realização do exame PGD (Pré-implantation Genetic Diagnosis), traduzindo para o português DPI (Diagnóstico Pré-Implantacional) realizado para diagnosticar anomalias cromossômicas do embrião. Existem dois tipos de PGD:

1- PGD pela técnica de FISH (Fluorescence In Situ Hybrydization), que consiste na retirada de uma célula no terceiro dia de desenvolvimento, quando o embrião, ainda no laboratório, tem ao redor de oito células. Em seguida, esta célula é encaminhada para análise, e o resultado fica disponível antes de os óvulos serem transferidos para o útero. Este exame permite a análise de no máximo 11 cromossomos, que são representados pelos números 13, 14, 15, 16, 17, 18, 20, 21, 22 e pelos sexuais X e Y. Somente os embriões saudáveis são transferidos.

2- PGD por Hibridação Genômica Comparativa pela técnica de microarray e definida pela sigla a-CGH (microarray- Comparative Genomic), que estuda os 24 cromossomos (22 pares de cromossomos autossomos denominados com números de 1 a 22 e mais dois sexuais X e Y). Nesta técnica, mais moderna que a anterior, o embrião deve alcançar o estágio de blastocisto (quinto dia de desenvolvimento). São retiradas de 6 a 10 células e por isso o diagnóstico é mais preciso e seguro quando comparado ao anterior, sendo possível identificar um maior número de anomalias, uma vez que são analisados 24 cromossomos. O a-CGH, também chamado de PGD-24, pode ainda aumentar a chance de sucesso dos tratamentos, pois evita a causa mais frequente de perdas gestacionais que são as aneuploidias embrionárias, além de reduzir o risco de gestação múltipla, pois um número menor de embriões poderá ser transferido. Outra vantagem é que, ao aguardar o desenvolvimento dos embriões até o estágio de blastocisto, pela seleção natural, haverá um menor número de embriões a serem examinados em comparação ao exame PGD-FISH, realizado no terceiro dia, o que pode reduzir o custo. Entretanto, existe o risco de, ao aguardar até o estágio de blastocisto, não ter embriões para serem transferidos. Isso é frustrante, mas é importante que saibam que tal fato, provavelmente, é apenas uma antecipação de um resultado negativo de gravidez.

Existem outros exames que avaliam a qualidade dos embriões, como análise do meio de cultura em que eles se desenvolvem no laboratório, aparelhos que avaliam o consumo de oxigênio de cada um e a velocidade de divisão celular (Embrioscópio), além de outros que analisam quais embriões têm maior chance de implantação. Entretanto, ainda é necessário que sejam feitos mais estudos para conclusões definitivas a esse respeito.

Outro problema é a espessura aumentada da zona pelúcida, a membrana que envolve o embrião, a qual, nessas condições, atrapalha a implantação. Para diagnosticar essa alteração utiliza-se o "Assisted Hatching", um procedimento realizado pelo laser, que faz pequenas aberturas nessa camada, ajudando na implantação. Essa técnica pode ser também utilizada em embriões fragmentados, retirando os fragmentos e melhorando seu potencial de implantação.

O fator masculino pode ser também responsável pela má qualidade embrionária. Além da repetição do espermograma, outros exames poderão ser realizados ou refeitos. Recentemente, tem sido indicado o exame de Fragmentação do DNA dos Espermatozoides (SCSA – Sperm Chromatin Structure Assay), que quando está alterado reduz a capacidade reprodutiva dos homens. Ainda não há evidências comprovadas da influência dessas alterações nas taxas de gravidez, mas existem indícios de que essa relação pode existir. Calcula-se que quando o Índice de Fragmentação for igual ou superior a 30, as taxas de sucesso estarão comprometidas. A causa mais frequente para essa alteração é o estresse oxidativo, causado pelos maus hábitos (cigarro, álcool etc.) e pela obesidade, entre outros fatores. As vitaminas C e E, além da orientação ao paciente de condicionar de forma saudável seu estilo de vida, poderão solucionar o problema. Por isso, não custa nada antes de iniciar qualquer tratamento de infertilidade sugerir uma rotina de vida fundamentada em bons hábitos.

Quando o homem apresenta espermatozoides com alterações importantes da motilidade, morfologia, altas taxas de fragmentação do DNA e presença de vacúolos – o conjunto dessas alterações é denominado pela sigla em inglês MSOME (Motile Sperm Organellar Morphology Examination) –, além de abortos repetidos, pode ser indicado o IMSI (Intracytoplasmic Morfologically Select Sperm Injection), ou “Super ICSI”, ou “ICSI de alta magnificação” ou “ICSI magnificado”, considerado um dos mais recentes avanços nas técnicas de Fertilização Assistida. É uma nova versão do já conhecido ICSI (Injeção Intracitoplasmática do Espermatozoide).

O IMSI utiliza um novo sistema ótico chamado “contraste de fase interferencial”, que apresenta objetivos de maior poder de ampliação eletrônica das imagens, podendo observar os espermatozoides em mais detalhes, detectar seus defeitos e selecionar os melhores, pois são aumentadas em até 12 mil vezes. O ICSI convencional aumenta só 400 vezes. Existem perspectivas de que no futuro um microscópio potente poderá separar os espermatozoides saudáveis daqueles comprometidos para que só eles sejam introduzidos no óvulo, mas isso é ainda uma promessa distante da realidade atual. Os protocolos de indução de ovulação e as drogas utilizadas podem ter influência direta no número e qualidade dos óvulos e embriões, por isso mudanças nesse aspecto, podem ser bem-vindas. Não há um esquema único de remédios que seja ideal para todas as mulheres. Existem muitos medicamentos de ótima qualidade que são ideais para algumas pacientes, mas não para outras. Nem sempre é possível acertar na primeira tentativa. Portanto, após uma análise criteriosa do ciclo anterior, nova possibilidade pode ser recomendada.

Outras técnicas novas têm sido indicadas para melhorar a qualidade dos embriões, como a transferência de citoplasma. Nessa técnica, o citoplasma do óvulo de uma doadora é injetado no óvulo da mulher receptora antes da fertilização. Embora esse procedimento possa melhorar a qualidade embrionária, entra em contradição com princípios éticos por provocar a integração de vários padrões cromossômicos.

Útero-Endométrio
Normalmente a avaliação da cavidade uterina é feita antes dos programas de fertilização in vitro, mas, caso ainda não tenha sido feita, essa investigação poderá ajudar a afastar alterações como pólipos, miomas ou aderências que podem impedir a implantação dos embriões. O melhor exame para essa investigação é a videohisteroscopia (visibilização da cavidade uterina por um endoscópio), que, além de diagnosticar as alterações citadas, pode identificar processos inflamatórios (endometrite) não reconhecidos em outros exames comuns. A biópsia do endométrio pode concluir essa hipótese, e o tratamento com antibióticos resolverá o problema. Outra questão é a ausência de algumas proteínas no endométrio que facilitam a implantação dos embriões. Já foram detectadas mais de 50, mas as mais estudadas são a Claudina-4 e o LIF (Fator Inibidor da Leucemia ou Fator Essencial para a Implantação). Quando estiverem ausentes ou em proporções desequilibradas, a chance de implantação embrionária será menor, mas não impossível. Esse diagnóstico é raro e só deve ser pesquisado em situações especiais, uma vez que existem controvérsias nas interpretações dos resultados.

As pacientes que tiveram endométrio fino durante a indução da ovulação nas tentativas anteriores poderão ser beneficiadas com o uso do hormônio estradiol, aspirina e outras drogas vasodilatadoras. Outras avaliações do endométrio poderão ser feitas num futuro próximo. A hidrossalpinge, que é consequência de um processo inflamatório que dilata as trompas e provoca a formação de conteúdo líquido no seu interior, prejudica o ambiente uterino, dificulta a implantação dos embriões e aumenta a incidência de abortos.

A retirada das trompas afetadas aumenta significativamente as taxas de gravidez, pois o conteúdo que nelas havia e que provavelmente escorria para o interior do útero, impedindo a gravidez, deixa de existir. O diagnóstico de hidrossalpinge pode ser feito pelo ultrassom, por Histerossalpinografia e pela videolaparoscopia.

A dificuldade na transferência dos embriões muitas vezes causa traumas no endométrio e atrapalha a implantação do embrião, principalmente quando este ato for acompanhado de dor. A videohisteroscopia com a dilatação do colo ou simplesmente a dilatação do colo uterino isolado beneficia a próxima tentativa que, preferencialmente, deverá ser realizada com sedação. A transferência embrionária sob a visão do ultrassom traz benefícios ainda maiores, pois permite ao médico observar o trajeto do cateter em direção à cavidade uterina, bem como mostrar ao casal a localização exata da colocação dos embriões.

Sistema imunológico
Os problemas imunológicos têm sido responsabilizados por alguns casos de insucesso na fertilização in vitro e por abortos de repetição. Alguns autores acreditam que muitos casos de falha são, na verdade, abortos muito precoces que, após um período curto de implantação embrionária, não chegam a ser detectados nos testes de gravidez, não evoluem e são eliminados. Existem controvérsias a respeito desse tema, mas os resultados positivos após a terapia com vacinas têm nos encorajado a prosseguir com esse tratamento, indicado em situações especiais.

Cross Match: é um exame que não apresenta comprovação nem evidências científicas comprovadas nos resultados obtidos (Medicina Baseada em Evidências). Por isso, a sua indicação deve ser restrita a alguns casos. São poucos os países no mundo que realizam essa pesquisa com tal finalidade, entretanto, pode ser uma opção. Para que se entenda esse exame é necessária a compreensão de que todo ser humano possui a capacidade de rejeitar corpos estranhos e o embrião pode ser considerado como tal, pois traz com ele o DNA paterno, que é estranho ao organismo materno. Entretanto, em condições normais, o organismo da mãe deve produzir um "anticorpo protetor" – chamado de fração HLA-G –, que protege o embrião contra este "ataque imunológico" e impede a rejeição. Quando esse “anticorpo de proteção” não é formado, os mecanismos de agressão imunológica seguem o seu caminho natural, impedindo a gravidez ou mais tarde provocando o aborto. Essa alteração do organismo – que curiosamente aparece quando há semelhança imunológica entre o pai e a mãe e não quando são muito diferentes – é detectada pelo exame Cross Match. Para se realizar essa pesquisa retiram-se amostras de sangue do homem e da mulher e, em laboratório, realiza-se uma prova cruzada entre os dois, para identificar a presença dos anticorpos. Se não estiverem presentes, será necessário o tratamento com vacinas. Esta imunização é realizada com o sangue paterno, do qual são separadas as células brancas (linfócitos) e com elas preparadas as vacinas, depois injetadas na mãe pela via intradérmica. São realizadas duas ou três aplicações com espaço de tempo de três semanas entre elas. Após o término dessa série, o Cross Match é repetido e, confirmando a virada do resultado anterior para positivo, uma nova tentativa de fertilização poderá ser iniciada. Se não houver essa virada, uma nova série de duas aplicações será realizada.

Trombofilias: Existem outros exames que avaliam fatores imunológicos e, junto com este grupo de exames, estão as trombofilias. São doenças pouco frequentes e que provocam alterações de coagulação do sangue. Essas alterações não são detectadas em exames de sangue comuns e, quando existem, aumentam a chance de formar coágulos sanguíneos e causar tromboses mínimas capazes de impedir a implantação do embrião ou provocar abortos. Os exames para essa pesquisa são feitos por coleta de sangue em laboratórios especializados e sempre com indicação médica.

São eles:

◦Anticorpos antifosfolípides
◦Anticorpo antifosfatidil – serina (IgG, IgM e IgA)
◦Anticorpos antitireoideanos
◦Anticorpos antinucleares
◦IgA
◦Células NK (Natural Killer)
◦Anticorpo antiespermatozoide
◦Fator V de Leiden
◦Antitrombina III
◦MTHFR
◦Protrombina mutação
◦Hemocisteína
◦Proteína S
◦Proteína C
A presença dessas alterações no sangue das mulheres sugere causas imunológicas ou trombofilias. Os tratamentos variam de ingerir uma simples aspirina infantil até tomar medicamentos mais sofisticados, como a heparina, corticoides e imunoglobulina injetável.

É fundamental salientar que essa tecnologia não representa garantia no sucesso para a obtenção da gestação e sim uma nova alternativa para aqueles que até o momento não tiveram sucesso em tratamentos anteriores.

Endometriose

A associação da endometriose com a fertilidade tem sido alvo de discussão há muitos anos. Os debates em torno das proporções com que esta doença afeta a capacidade de a mulher ter filhos têm causado, por muitas vezes, um vaivém nas condutas e tratamentos médicos. Todos os tipos e graus de endometriose podem influenciar a fertilidade, entretanto, frequentemente o diagnóstico não é tão evidente e fica como última opção na pesquisa, entre outras causas de infertilidade.

Em alguns casos essa demora pode ser causada pela inexistência de sintomas, ausência das queixas clínicas e falta de evidências laboratoriais dos exames de sangue e do ultrassom endovaginal. Muitas vezes somente após passar certo período, no qual foram realizados tratamentos sem sucesso, é indicada a videolaparoscopia, que conclui o diagnóstico. A espera por esse esclarecimento atrasa a concepção e prolonga o sofrimento do casal. A endometriose pode atrapalhar o resultado de gravidez mesmo nos programas de fertilização in vitro, e por isso, após a falha desses tratamentos, tal possibilidade de diagnóstico deve ser avaliada, mesmo na ausência de sintomas. Temos observado uma taxa maior de gravidez em pacientes com sintomologia inexpressiva que realizam a videolaparoscopia quando comparada com aquelas que não fizeram e, por isso, acreditamos muito na importância desse diagnóstico.

A endometriose causa infertilidade pelos seguintes efeitos:

◦influencia os hormônios no processo de ovulação e na implantação do embrião;
◦altera também o hormônio prolactina e as prostaglandinas, que agem negativamente na fertilidade;
◦provoca alterações imunológicas – alterações celulares responsáveis pela imunologia do organismo (células NK, macrófagos, interleucinas etc.);
◦interfere na receptividade endometrial – o endométrio, tecido situado no interior da cavidade uterina, local onde o embrião se implanta, sofre a ação de substâncias produzidas pela endometriose (ILH e LIF – leukemia innibitory factor), que atrapalham a implantação do embrião;
◦pode interferir no desenvolvimento embrionário e aumentar a taxa de abortamento.



Quadro resumo

RESUMO DA PESQUISA COMPLEMENTAR POR FALHA DA FERTILIZAÇÃO IN VITRO

Embrião - idade
- zona pelúcida (Assisted Hatching)
- fragmentação do DNA do espermatozoide
- alterações cromossômicas (PGD-FISH ou aCGH)
- protocolos de estimulação ovariana
- Super ICSI ou IMSI (Intracytoplasmic Morfologically Select Sperm Injection)

Útero / Endométrio - miomas
- aderências
- pólipos
- endometrite
- endométrio fino
- hidrossalpinge
- transferência dos embriões
- problemas do endométrio

Sistema Imunológicos - - Cross Match
- Trombofilias

Endometriose - peritoneal
- ovariana
- profunda infiltrativa

Perspectivas futuras Anexina-V, Anti-anexina-V, Citocinas Th1 e Th2, Glicodelina-A e IGFBB-L, Vitamina D, HLA-G (human leukocyte antigen-G – já é uma realidade, mas ainda necessita de mais estudos), Embrioscópio (é uma incubadora que analisa a evolução dos embriões no laboratório através de fotografias repetidas a cada 20’), INVOcell (a fertilização ocorre dentro de uma cápsula colocada dentro da vagina) e a SEED (Sub Endometrial Embryo Delivery). 

Conclusão e novas perspectivas


Conclusão e novas perspectivas

A avaliação das falhas de tratamentos por fertilização in vitro é muito complexa e deve ser individualizada para cada casal. Muitos pacientes, ao terem um novo diagnóstico que talvez justifique o insucesso dos seus tratamentos, perguntam a si mesmos e a seus médicos por que essa iniciativa não foi tomada antes que ocorressem fracassos sucessivos. É importante enfatizar que vários desses exames são alvo de controvérsias e discussões no mundo inteiro. Existem ainda outros como a dosagem da Anexina V, Anti-anexina V, Citocinas Th1 e Th2, Glicodelina-A e IGFBB-L, HLA-G (human leukocyte antigen-G – que ajuda selecionar o melhor embrião), Embrioscópio (é uma incubadora que analisa a evolução dos embriões no laboratório através de fotografias repetidas a cada 20’), INVOcell (a fertilização ocorre dentro de uma cápsula colocada dentro da vagina) e a SEED (Sub Endometrial Embryo Delivery – uma mini câmera é inserida dentro do útero no momento da transferência para se localizar o melhor local para a implantação), que têm indicações restritas mas talvez, num futuro próximo, possam ser utilizados. Muitos questionam o real valor de alguns desses diagnósticos e técnicas e se realmente justificariam o fato de não ter ocorrido a gravidez. Por isso não é todo profissional que concorda em solicitá-los e, quando o fazem, deixam como uma opção mais remota. Cada médico tem a sua experiência profissional e obedece rigorosamente o conceito da "medicina baseada em evidências" e por isso nem sempre valoriza esses tratamentos. Entretanto, muitos deles, que “ainda não têm evidências”, mas poderão ter no futuro, têm proporcionado, no presente, resultados positivos de gravidez. Estamos atentos a todas as novidades que venham para ajudar os casais a construírem uma família.

"A nossa missão é fazer o que há de melhor para aqueles que desejam ter filhos e não conseguem naturalmente."
Dr. Arnaldo Schizzi Cambiaghi

Faça uma revisão dos seus hábitos
Cuidados Durante o Tratamento

Algumas das substâncias presentes no meio ambiente e algumas atitudes podem prejudicar o processo de fertilização. Hábitos inadequados, se ainda não tiverem sido corrigidos, devem ser evitados ao máximo, tanto pela mulher quanto pelo homem.
Algumas dicas...

Hábitos (www.ipgo.com.br/fumo)

Café – um cafezinho por dia é o máximo permitido.
Fumo (de qualquer tipo) – já devia ter parado há tempos, mas se ainda não o fez, este é o momento. Se possível, para sempre. O fumante passivo também é prejudicado, por isso evite ambientes com muitos fumantes.

Alimentação (www.ipgo.com.br /pe)

Seja cauteloso com os alimentos coloridos, medicamentos ayurvédicos da índia e algumas ervas chinesas, que podem conter substâncias tóxicas.
Tenha uma alimentação saudável. Bebidas “diet” e alimentos “light” são permitidos.
Reduza o consumo de alimentos gordurosos como o hot dog, manteiga, frituras e alguns peixes de água doce que podem conter a dioxina, uma substância tóxica presente na atmosfera que, através do ar e da água, aloja-se na gordura dos animais que são usados para produzir esses alimentos.
Beba água. Procure beber pelo menos oito copos por dia. Isso ajudará a manter seu metabolismo com melhor atividade.
Comida japonesa (sushi, sashimi) – é permitida!

Bebidas Alcoólicas (www.ipgo.com.br/alcool)

Permita-se no máximo o “gole roubado” do copo do seu marido ou de alguém de sua intimidade. O homem também deve restringir a bebida. Caso contrário, se isso não for possível o limite é: meia taça de vinho ou meia caipirinha, ou meia dose de wisky ou meia lata de cerveja – e só duas vezes por semana.

O que pode ajudar

Fontes de alimentos recomendáveis

Vitamina E  óleo de gérmen de trigo, óleo de girassol, nozes, amendoim e brócolis 
Vitamina C  laranja, brócolis, couve e couve-flor 
Ácido fólico  - nozes, soja, queijo, ovos, brócolis, espinafre, aspargos, vagem branca, leguminosas, ervilha, suco de laranja, laranja, banana, morango, pão integral, grapefruit. 
Zinco  cereais integrais, carne de peru escura, ostra, frutos do mar, gérmen de trigo, ovo, abóbora, avelã e outras nozes, feijões, levedo de cerveja, cebolas 
Cálcio  leite, iogurte, queijo, nozes, gergelim, ervilha, feijão, lentilha e vegetais de folhas verdes 
Ferro  carne vermelha, carne de aves, ovo, gema de ovo, ervilha, lentilha, feijão, vegetais com folhas verdes escuras, frutas secas, ameixas, grãos integrais, levedo de cerveja 

Cuidados pessoais:

Maquiagem, shampoos e algumas loções que contenham Phthalates Bisphenol e Tolueno podem ser tóxicos ao sistema reprodutivo. Cuidado!

Cabelos:

Só são aconselháveis as seguintes marcas de tonalizantes ou alisantes:
Color Touch
Hena
Loving Care
Casting
Luzes só de toquinha (balaiage)

Depilação: são permitidos Rolon, Veet e Nudit.

Descolorantes: permitidos

Escova definitiva e progressiva NÃO são permitidas

Meio ambiente (www.ipgo.com.br/meio ambiente)

Tenha cuidados com o contato com inseticidas e pesticidas, em casa e no jardim. Eles podem estar presentes na casca de algumas frutas e por isso devem ser bem lavadas ou descascadas. Evite ambientes que foram dedetizados há pouco tempo.
Os produtos de limpeza são tóxicos e biodegradáveis. Cuidado com a exposição excessiva.
Evite o uso de florais e fragrâncias que prejudicam o meio ambiente.
Alguns brinquedos e adornos de plástico ou borracha podem conter substâncias tóxicas, como o chumbo.

Exercícios (www.ipgo.com.br/ meioambiente)

Se você não está habituado a fazer exercícios, este também não é o momento de iniciá-los. Se você já tem o hábito, tome alguns cuidados.

Só é permitido fazer exercícios leves: caminhada, ioga, alongamento ou natação por 30 minutos de três a quatro vezes por semana. Corrida, nem pensar!

Musculação está proibida, pois durante os exercícios o sangue do organismo é direcionado para os músculos, diminuindo a circulação sanguínea para órgãos reprodutores.

Relações sexuais

Liberadas até segunda ordem. Durante a indução da ovulação é permitido até os folículos alcançarem a dimensão média máxima de 16 mm.

Viagens

Durante a indução só viajem para lugares no máximo 100 km distantes, ou cujo trajeto leve uma hora de avião. Apos a transferência de embriões, fique pelo menos três dias na cidade. Em casos especiais, deverá ser utilizada a mesma regra do período de indução: máximo de 100 km de carro ou uma hora de avião.

Minha História

Minha LUTA
Começamos a sonhar com nosso bebe em 2006, apesar da falta da instabilidade e pouco recurso financeiro decidimos que não poderíamos adiar mais... Procurei meu Ginecologista da época para saber se não havia nenhum problema. Então foi feito alguns exames de hormônio e tudo estava bem, fiz também RX HISTEROSALPIGOGRAFIA não deu nada e logo iniciamos o coito programado com auxilio Clomid foram 6 meses tentando e nada. Procurei outro Ginecologista que me foi indicado, também continuei em 2007 e 2008 a fazer o coito programado com Clomid e outros medicamentos, foi feito outros exames de hormônio e também espermograma e tudo estava aparentemente normal.  Então ele disse, eu não posso fazer mais nada por você vou encaminha-la a um especialista então fui até Dr. Armindo Dias, onde ele constatou que meu marido tina esperma lentos após fazer o exame  TESTE DE SIMMS-HUHNER, espermograma em uma clinica especializada em reprodução humana.  Todos os ginecologistas e exames foi pelo pano de saúde (UNIMED) Então ele sugeriu IUU, mais não tínhamos dinheiro, então comecei a pesquisar na internet lugares onde fazia gratuitamente.
Primeira tentativa  – Marco de 2009 realizada na FUNDAÇÃO ABC – Santo André (SP) fizeram alguns exames de hormônio, também VIDEOHISTEROSCOPIA DIAGNOSTICA, tudo normal e nada foi achado,  então diagnóstico – CAUSA NÃO APARENTE. Também não foi pesquisado mais nada.  Os médicos que nos atendeu na época sugeriram IUU, comecei o tratamento tinha que sair 5 horas da manha de casa e só retornava no final do dia para fazer as ultra som dia sim dia não. Comecei a tomar (GONAL) com 6 dias não tinha nenhum óvulo  – CICLO CANCELADO.
Segunda tentativa – Agosto de 2009  realizada FUNDAÇÃO ABC – Santo André (SP)  como não ovulei com GONAL, foi receitado FEMARA 5mg, tomei por 9 dias e no final tinha 6 óvulos mais 4 do tamanho entre 16 e 18mm então em agosto de 2009 fiz a IUU.  Repouso, expectativa, mais no 10º dia sangrou. Fiz o Beta, mais não houve a gravidez.
Então pensei em partir para outro lugar, pois sabia que tinha alguma coisa errada, eu achava que precisava de mais pesquisa com o casal,  então pesquisei novamente na internet e em Dezembro de 2009 conseguir me inscrever na UNIFESP.
Terceira tentativa – Fizeram vários exames de hormônios e nada foi achado, espermograma ainda continuava com mesmo diagnóstico anterior. Depois de 08 meses eles  acharam uma agravante ENDOMETRIOSE no ovário direito que poderia atrapalhar, também uma bactéria e foi receitado  antibióticos para o casal por 14 dias, meu marido repetiu o espermograma e tinha bactéria e tomamos mais 14 dias do mesmo antibiótico, e depois de logos meses em agosto de 2010 finalmente começamos a indução com GONAL 300ui  e 75ui LUVERIS por dia, por 6 dias, no 7º dia quando fui fazer a primeira ultra som s a constatação não houve ovulação.  Então começou o desespero, chorei me desesperei, comecei  pensar em tudo, na dor de tomar as injeções todos os dias, na expectativa de logo tirar os óvulos, no dinheiro que levei anos a juntar para fazer o tratamento, foi terrível.  Então..
Começamos uma nova luta, voltei na Unifesp na semana seguinte e comecei tudo de novo, exames, ultra som de controle, então foi pedido outro exame ANTI MULLERIANO, pra completar o plano de saúde não cobria, valor era alto, mais era necessário fazer, então descobrir que além da ENDOMETRIOSE no ovário direito 02 focos, também  estava também na MENOPAUSA PRECOCE.  Não dormir por uma semana, chorando desesperada, naquele momento eu  tinha certeza que não ficaria gravida mesmo.
Quarta tentativa: Voltamos ao médico para consulta e mostra o exame anti mulleriano e o medico foi direto “ se eu fosse você eu partia para ovulo doação” então falei  ainda tenho então vou até o ultimo. Sugeri ao médico para fazer a PUNÇÃO DA ENDOMETRIOSE eles aceitaram em novembro 2010 fiz a punção, mais isso não era garantia porque ela voltaria na próxima menstruação, fiquei tomando anticoncepcional por quase 3 meses e logo após já comecei a INDUÇÃO comecei a tomar GONAL 300ui doado pelo UNIFESP, MENOPUR 75ui E FEMARA, logo na primeira ultra som eles já constataram que a endometriose tinha voltado, fiquei triste e rezei muito,  com 12 dias eu tinha 5 óvulos, tiraram 4 e somete dois estavam maduros. Depois a triste noticia não FECUNDARAM. Os médicos atribuíram a não fecundação a Endometriose. Fiquei muito triste mais uma vez. Mais tinha tomado uma decisão não faria mais na UNIFESP partiria para um lugar que investigasse mais, pois continuava com duvidas em relação aos meus problemas.
Mais uma vez comecei a pesquisar na internet, encontrei vários  lugres então decidir procurar a CLINICA GERA, depois de vários relatos nos blogs.
Quinta tentativa - Em fevereiro de 2011 conheci a CLINICA GERA pelo blog da EMITIE, e logo marquei uma consulta do Dr. Joji Ueno, um valor em conta na consulta, nem meu marido sabia que faria uma consulta novamente. Conversei 1 hora com o médico e começa mais uma batalha, novos exames foi passado;
Comecei imediatamente, pois muitos deles eu poderia fazer pelo plano de saúde, logo um deles apresenta problemas – Biopsia do endométrio deu bactéria tomei 21 dias de antibióticos junto com meu marido, repetir depois de 21 dias e estava bom, logo o CORSS MATCH deu provas cruzada negativa,  tomei 03 doses da vacina ILP a cada 21 dias, repetir o exame após 21 dias e deu positivo. Quando tudo parecia bem para começar a indução surge um novo exame RESSONANCIA MAGNETICA PELVICA, ai vem diagnostico. Endometriose ovário direito, endometrioma reto vaginal, mioma no útero dentro e fora do útero.  Começa mais uma preocupação, os médicos falaram que eram muito pequenos. Mesmo assim tentei, em maio/11 comecei a indução com 5 ampolas MENOPUR75UI E 02 comprimidos de FEMARA em 8 dias eu estava com 4 óvulos, em 8 de junho tiraram 3 óvulos e 2 foram fertilizados 1 de 4 células e outro de 6 células, fiz a transferência em 10/06/2011, tudo parecia perfeito, no 14º fiz o exame beta e deu negativo e com 35 dias a menstruação apareceu. Voltei ao médico e foi e ele sugeriu uma nova Biopsia do Endométrio e VIDEOHISTEROSCOPIA DIAGNOSTICA.
A Vídeo fiz em 07/07/2011 e o mesmo constatou 2 miomas dentro do útero com >1,0 mais sugeriu cirurgia.
Continuando...
Em 12/12/2011 fiz a cirurgia de retirada dos 02 supostos miomas que estava dentro do meu útero. A biopsia diz que era um POLIPO e uma ADENOMIOSE com 3cm o conjunto. Foi horrível o pós operatório mais fiquei bem.

Fiz outros exames com Dr. Arnaldo da Clinica IPGO e nenhum deu problemas.

Repetir a BIOPSIA DO ENDOMETRIO não deu nada dia 19/01/2012.

Sexta Tentativa - Inicio dia 16/01 a indução com 150 de menopur mais 02 comp. Femara. No 6º dia foi cancelado os 02 folículos que apareceu não cresceu e a progesterona deu alta. O Mundo acabou naquele momento mais depois disse vamos lá...


Sétima Tentativa - E vamos novamente para mais uma ... No dia 14/02/2012 comecei novamente com 225 menopur e sinarel.
No primeiro dia o medico queria cancelar pois tinha 02 folículo remanescente, mais como os exames de estradiol e progesterona estavam baixo, começamos a induzir.
Na ultra som sempre mostrava 03 folículos pequenos. Dia 27/02/2012 foi feita a coleta e pra minha surpresa o Dr. Arnaldo chegou com a noticia, foram 07 óvulos maduros. Chorei de emoção.
Ao passar os dias a embriologista foi ligando os 07 fertilizaram.
No quinto dia 01 não foi para frente, 01 virou mórula e 05 blastocisto sem fragmentação.
No quinto dia as 11 horas fiz a transferência de 03 blastocistos lindos.
Dia 13/03/12 foi feito o BETA e deu negativo. Congelei 02 blastocisto.

Agora o dinheiro acabou o que fazer?
O medico quer que eu opere da endometriose ovário e reto. O  que faço?

To arrasada.

Ao início de março/2012 fui em uma consulta na UNIFESP onde passei por uma equipe especialista em endometriose como já tinha todos os exames eles já marcaram a cirurgia para dia 30/8/2012.

Em junho de 2012 viajei de férias com meu marido para minha cidade natal onde não visitava minha família há mais de 5 anos. La refletimos muito  e decidimos que faria a transferência dos 2 embriões congelados antes da cirurgia que fosse feita a vontade de Deus. Ficamos 28 dias fora,  retornamos no inicio de julho.

Oitava Tentativa: Procurei Dr Arnaldo da Clinica IPGO onde fiz os exames que faltava eu e meu marido e comecei a tomar a medicação antes da transferência, ainda bem que tenho muitos anjos da guarda todos doados, Mariana, Gabriela, ente outras, ao passar 15 dias fizemos a transferência dos 2 embriões. 12 dias de angustia muita angustia para saber se deu certo. O BETA deu positivo mais um valor muito baixo, depois de 3 dias repetir e zerou. Foi mais uma decepção grande. Eu e meu marido sem saber mais o que fazer, vamos desistir não temos mais dinheiro e nosso psicológico muito abalado, vamos entrar na fila de adoção.
Voltei no Dr. Arnaldo e ele falou sinal bom implantou. Faz a cirurgia. Em 26/08/2012 fui internada as 6 horas da manha no Hospital São Paulo  para a cirurgia dia 30/08, foi horrível tinha dia que eu não conseguia andar de tão fraca, pois não podia comer só gelatina e tomava agua para os últimos exames e a cirurgia.

30/08 fiz a cirurgia, durou por volta de 8 horas muita endometriose por toda parte pélvica e intestino, reto, ovários, bexiga, eles fizeram raspagem tudo por videolaporoscopia 4 furos na barriga, ainda bem  não foi preciso abrir a barriga. Durante os primeiro 10 dias foi horrível a recuperação mais fiquei bem.

Passaram quase 2 anos da ultima tentativa  e comecei a pensar novamente em recomeçar hoje estou com 40 anos e meu marido 41, fiz o a Ressonância pélvica dia 15/01/2014 e descobrir que a endometriose voltou. Refiz todos os exames imunológicos, estou aguardando os resultados.


Vou partir para 3 induções, fazer um banco de óvulos. Muito caro mais estou contando com a ajuda de muitos anjos da guarda, que sempre me ajudaram.

Tanea Damasceno